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Velocidade |
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Lore
Crista de Fogo
A velocidade pode ser um meio... ou um fim.
O funileiro rodeia o imenso Pardal, avaliando o próprio trabalho. Acena com a cabeça, satisfeito. Nem dá para imaginar que, há duas semanas, isso não passava de uma ruína cravejada de estilhaços.
Bem quando ele começa a parte do polimento, ouve uma batida agourenta na porta da garagem. O funileiro inspira fundo e abre a porta, deparando-se com um esquadrão completo à espera na rua. A Arcana entra na loja enquanto os outros Guardiões esperam ao lado dos Pardais, examinando o próprio arsenal, relaxados.
A Arcana passa pelo Pardal devagar, observando bem. "Mandou bem com os buracos de bala. Mas o polimento ficou meia-boca." O capacete feroz da Guardiã faz com que ele não consiga saber se é uma piada.
"Consertou a estabilização?" A Arcana monta na máquina e já dá a partida na ignição.
"Sim, mas não consegui testar a alta velocidade. Se ficar oscilando, é só trazer de volta de graça." O funileiro olha com nervosismo para o fuzil de pulso pendurado nas costas da Arcana.
De súbito, um robozinho aparece flutuando ao lado da Arcana. O funileiro já viu Fantasmas, mas nunca tão de perto. Ele fala: "Que irracional. Eu sou capaz de reproduzir o seu Pardal na hora, em perfeitas condições. Por que pagar para consertar o antigo? Aumenta a probabilidade de falha em 18%, no mínimo."
O funileiro encara o Fantasma, enrubescendo. Ele passou dia e noite trabalhando no Pardal, pelas últimas duas semanas. O faturamento bastaria para manter a loja funcionando por três meses. Foi o maior trabalho do ano todo.
"Eu sei, mas eu gosto do fator humano." A Arcana toca num tablet de pulso. "O Lúmen foi pra sua conta."
"Obrigado. Volte sempre." O funileiro estende a mão e a Arcana aperta de volta, como nos velhos tempos.
"Viu só?", indaga a Arcana para o Fantasma, enquanto voltam ao esquadrão. "Valeu total o dinheiro."