Lore
Semente de Asas de Prata
Maleável e voraz. Jamais falem daquilo que se torna.
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Ao nosso triozinho,
Escrevo por estar preocupada e, independentemente disso, pelas minhas descobertas. Sinto a tensão crescente em nossa correspondência, e sinto a necessidade de deixar clara, de novo, a gravidade da nossa situação.
Compreendo a situação da Vanguarda. O contato foi feito. Eu senti. Não posso ignorá-lo ou expurgá-lo — disso vocês já deveriam saber. Não é uma tentação. Não é uma doença. É um apelo à razão. Sei que vocês enxergam o valor; há muito que os Tanatonautas mergulham nessas questões. Aonde eles iam, eu somente segui uma estrada paralela. Não me abandonem aqui. Temos pouco tempo, e pode ser tudo que nos resta.
Agora, Ikora, quanto à sua pergunta — obrigada por isso, aliás. Em relação a você não vir pessoalmente, nada direi.
Há uma segunda Árvore, é claro. Ela cresceu, e dela o Guardião tirou uma Semente que pretendemos estudar. Com a árvore-mãe derrubada no Jardim Sombrio, essa pode ser uma oportunidade muito rara. Só agora começo a registrar seus segredos mais superficiais. Ela é fluida em natureza — não, Asher, não fisicamente. Age como um engenho de integração, incorporando aquilo que toca na própria estrutura. Se alimenta de energia paracausal. A Luz. A Treva. As duas disputam dominação de cada partícula.
Fico imaginando se cabe a nós realizar um segundo desvelamento; se é para ser um descascar de uma existência nutrida dentro da casca. Uma existência em que poderíamos seguir os caminhos que ainda estão por vir. Há muitas respostas, mas a pergunta permanece: Quem foi que a plantou?
Espero que a mensagem encontre vocês com boa saúde e menos sofrimento.
Aguardo ansiosa suas considerações.
Ao Galante, a Mística, o Escriba. Que nosso vínculo se fortaleça. Sempre fiel,
Eris Morn